Dr. Rick Strassman em seu livro ‘DMT: the Spirit Molecule’, alega que DMT, uma das drogas psicodélicas mais poderosas, pode fornecer um acesso confiável e regular a outros planos de existência. Ele diz que DMT pode na verdade ser um portal para universos paralelos.
De fato, estes universos estão sempre lá e constantemente transmitem informação. Mas não podemos percebê-los porque simplesmente não fomos projetados para isto: nosso ‘programa’ nos mantém sintonizados ao canal padrão mentalmente ‘normal’. Não temos uma ferramenta sensorial disponível para sintonizar esta informação. O Dr. Strassman acredita que DMT nos permite sintonizar em outras dimensões de existência que estão presentes aqui e agora.
E se DMT realmente pode nos levar para mundos paralelos? Físicos teóricos presumem que a existência de mundos paralelos é baseada no fenômeno da interferência, escreve Strassman. Uma das demonstrações deste fenômeno é o que acontece a um facho de luz quando este passa através de um buraco estreito num papelão. Vários anéis e arestas coloridas que aparecem na tela que a luz é projetada não são somente contornos do papelão. Como resultado de experimentos mais complexos, os pesquisadores concluíram sobre a existência de partículas de luz ‘invisíveis’ que colidem com aquelas que podemos ver, refratando a luz de maneiras inesperadas.
Mundos paralelos interagem entre si quando a interferência ocorre. De acordo com a hipótese teórica, há um grande número inimaginável de universos paralelos, ou multiversos, cada qual sendo similar ao nosso e sujeito às mesmas leis da física. Esta é a razão para o fato de que não é necessário que haja algo particularmente estranho ou exótico sobre os diferentes multiversos. Ao mesmo tempo, eles são paralelos devido às partículas que os formam e porque estão localizadas em diferentes posições de cada universo.
Strassman referiu-se ao cientistas britânico David Deutsch, um renomado teórico em sua área e autor do ‘The Fabric of Reality‘ (O Tecido da Realidade). Ele tem se correspondido com Deutsch para discutir a probabilidade do DMT poder alterar as funções cerebrais, para assim permitir acesso ou conhecimento sobre os mundos paralelos. O físico duvidou esta possibilidade, porque seria necessário a utilização de computação quântica. Este fenômeno, de acordo com Deutsch, “poderia distribuir componentes de uma tarefa complexa entre vastos números de universos paralelos, e então compartilhar os resultados. Uma das condições requeridas para a computação quântica é a temperatura próxima do zero absoluto.” É por isso que o físico acha que o contato prolongado entre universos em um sistema biológico é improvável.
Contudo, Strassman aponta que, já que DMT é a substância que carrega as propriedades físicas do cérebro, para que a computação quântica ocorra na temperatura corporal, estabelecer contato com universos paralelos poderia ser possível. Em outras palavras, DMT muda a psicologia do cérebro em tal grau que a computação quântica se torna possível, assim nos dando acesso a estes universos paralelos.
Esta possibilidade confirma muitas das histórias relatadas por aqueles que têm usado DMT. Eles relatam que é mais do que uma mera alucinação ou “viagem“, e muitas vezes dizem ter ido para outros mundos e interagido com seres que habitam estes mundos.
Fonte: www.spiritscienceandmetaphysics.com
Na manhã de segunda-feira, dia 5 de julho de 1971, D. Percília passou na casa de Mestre Irineu, como sempre fazia. Ele estava alegre, bem disposto; não dava sinais que estaria prestes a falecer e pediu a D. Percília que ela ficasse mais um pouco. Ela atendeu a seu pedido e ficou com ele até cerca das três da tarde. Parecia-lhe que ele estava realmente bem e, assim, ela finalmente resolveu se despedir dele, pedindo-lhe a benção. Segundo Dona Percília, ao sair, Mestre Irineu, de uma maneira que não era de seu costume, lhe fez a recomendação que fosse muito feliz. Ela o viu tão alegre, que não suspeitou de coisa alguma, saiu tranqüila e satisfeita (MOREIRA; MACRAE, 2011, p. 386).
Nessa mesma segunda-feira, por volta das 19:30 horas, João Rodrigues (Nica) esteve também com Mestre Irineu para lhe entregar a documentação do centro, devidamente registrada no livro de pessoas jurídicas do Fórum da Comarca de Rio Branco. Foi seu último encontro com o velho líder ainda em vida.
Todos estavam preocupados e muito aflitos com a saúde de Mestre Irineu e uma “Comissão de Cura” havia programado realizar, na quarta-feira dia 7 de julho de 1971, a terceira sessão de um trabalho que estava sendo realizado em seu benefício (MOREIRA; MACRAE, 2011, p. 387).
Na terça-feira dia seis, antes das nove horas da manhã, tudo parecia estar tranqüilo. De repente, Otília (esposa de Daniel Serra, sobrinho do Mestre) e Maria Zacarias ouviram um barulho no quarto de Mestre Irineu. Era ele que agonizava e passava por uma crise de micção. Fala-se que D. Peregrina levantara e estava fora do quarto. Chico Martins (antigo seguidor de Mestre Irineu casado com a viúva de Antônio Gomes, Maria Gomes) estava por perto e correu para acudir. Quando Chico Martins entrou no quarto, Mestre Irineu estava deitado numa rede sofrendo com a crise urinária seguida por um infarto. Fala-se que nesse momento Mestre Irineu se levantou da rede, ficou em pé e logo depois desfaleceu nos braços de Chico Martins, que o colocou novamente na rede, já sem vida. Comenta-se que ele estava suando muito, com um largo sorriso e lágrimas lhe caindo no rosto. Nesse momento se deram conta de que Mestre Irineu já não estava mais vivo (comunicação pessoal de Otília, esposa de Daniel Serra, que estaria presente na hora). Eram nove horas da manhã de terça feira do dia 6 de julho de 1971 (MOREIRA; MACRAE, 2011, p. 389).
Após a morte de Mestre Irineu, a notícia correu rapidamente e a tristeza tomou a comunidade e as redondezas do centro. Em pouco tempo a notícia ganhou dimensão. O radialista Mota de Oliveira, uma das últimas pessoas curadas por Mestre Irineu, anunciava seu falecimento nas ondas da Rádio Capital. A cidade de Rio Branco parava para ouvir a triste notícia. Os membros da irmandade do Daime que moravam na capital, eram golpeados pela notícia da perda (MOREIRA; MACRAE, 2011, p. 386).
Logo nas primeiras horas daquela manhã, foram tomadas as primeiras providências para seu velório. Foi possivelmente o dia mais triste da história da comunidade do Daime. O corpo do Mestre permaneceu em sua residência até ser vestido com a farda oficial. Na sede, os homens arrumavam os bancos e a mesa central para o ritual de velório e no local escolhido para o enterro foi dado o início à construção do jazigo, para que estivesse pronto para o enterro no dia seguinte. Todos os seguidores de Mestre Irineu foram convocados a trajar a farda oficial (branca). Em acordo, os homens resolveram homenagear o líder, colocando na farda a “Palma”, antigo adereço que tinha sido retirado recentemente. Daniel Serra (comandante do salão na época) teria sugerido a Leôncio que se formasse uma Guarda de Honra e este aprovado a idéia. Assim, um grupo de homens recebeu o corpo de Mestre Irineu, perfilado em forma de "V", significando vitória. O caixão foi colocado ao centro, coberto pela Bandeira Nacional. Comenta-se que essa homenagem com a bandeira dava a todos os presentes no velório a sensação de que se prestavam as honras a um “chefe de estado”. Na cidade, o governo Wanderley Dantas divulgava nota de pesar pelo falecimento do grande líder. Quanto à cerimônia do velório de Mestre Irineu, o novo Presidente, Leôncio Gomes, havia convocado a todos os presentes para participarem da missa e da execução do Hinário “O Cruzeiro”, na sede com o corpo presente. A missa começou às quatro da tarde. O hinário “O Cruzeiro” foi executado sentado e cantado a capela sem instrumentos musicais e sem maracá. Segundo João Rodrigues Facundes (Nica) os hinos d’ “O Cruzeiro” foram cantados com intercalação das preces Pai Nosso, Ave Maria e Salve Rainha (comunicação pessoal de João Rodrigues Facundes dada em Julho de 2008). Comenta-se que a emoção, o sentimento de dor e tristeza eram visíveis por todo lado, principalmente durante a execução do hinário. Diz-se que os semblantes dos seguidores pareciam flutuar no vazio, atingidos por um acontecimento inesperado (MOREIRA; MACRAE, 2011, p. 391 e 392).
Referência bibliográfica
MOREIRA, Paulo; MACRAE, Edward. “EU VENHO DE LONGE: Mestre Irineu e seus companheiros”, Salvador, Bahia, EDUFBA, EDUFMA, ABESUP, 2011.
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A CAPELA DO TÚMULO DE MESTRE IRINEU ANTES DA REFORMA
O LUGAR ONDE MESTRE IRINEU QUIS SER ENTERRADO
O texto a seguir é fruto de diversas reflexões que tive no meu processo de aprimoramento interno e que eu tive o trabalho de digitar para encaminhar a uma pessoa muito querida. Esses aprendizados eu não considero como verdades absolutas, apenas como alguns lampejos que eu já tive da verdade. Estou apenas engatinhando nos trabalhos espirituais com Santo Daime, mas é desses trabalhos que retiro muito do que aprendo, principalmente na Fraternidade Rosa da Vida.
Por isso, com amor e carinho, eu compartilho com vocês como meramente um depoimento sem embasamento bibliográfico, mas desejando paz e bem a todos.