Eleve-se

Eu não tenho nenhum mestre, e tenho vários! Não, isso não é contraditório. E, sim, uma coisa é consequência da outra.

Não tenho nenhum mestre que me diz o que devo fazer para além da minha consciência, mas tenho tantos vários que já caminharam mais que eu e podem ver além no horizonte, e a quem humildemente aprendi a escutar.

Eles me sinalizam as armadilhas do caminho que ainda preciso andar, clareiam a visão para as distorções do meu ego no caminhar, e me ensinam de todas as formas (com seus acertos, e erros). Nesse percorrer, Eles iluminam as correntes do meu eu inferior, para que eu possa (se eu realmente quiser e der conta), a cada passo, libertar a expressão da minha mais pura essência, o meu Eu Divino.

A escolha é sempre minha, como de todos (livre-arbítrio não é algo terceirizável!).

Na hora de decidir qualquer coisa, para além das visões que obtenho dos mestres, conto com a intuição do meu atual SER (que não é Divino mas é perfeito no que é), formado pela minha história (não estória), minhas heranças ancestrais, minha bagagem de vida (pesada sempre, metaforicamente falando ou não) e, sobretudo, pelo que existe no mais profundo do meu coração: Amor!

Às vezes preciso cavar um bocado para chegar até Ele, mas cedo ou tarde sempre chego!

É o Amor que me move, isso conta muito! E esse amor tem que ser o tempero principal de tudo o que me disponho a fazer na vida, seja como mulher, mãe (de bicho e de uns anjinhos que já partiram, mas que assim me fizeram), filha, irmã, tia, tia-avó, amiga, aluna ou discípula.

Amor é amor, sem mas. 

(Mas) Amor não é cegueira, nem falsa fé, nem bajulação, nem ilusão, nem complexo de inferioridade (ou superioridade), não é distorções, e também não é julgamento. 

Amor é parceria, é perdão, é respeito, é admiração (não inveja), é paciência, é empatia, é comunicação verdadeira, respeitosa e assertiva, com tendência de melhora.

Esse é o amor que eu conheço não porque vivo nele as 24 horas do meu dia, mas porque já o acessei verdadeiramente em inúmeros momentos da vida. Momentos muito profundos, que jamais conseguirei expressar inteiramente para alguém, e que me levaram até essa fé verdadeira, genuína, e consciente.

Esse Amor existe, sim. E ele é justo!

Não é arrogante, nem vaidoso, nem prepotente, nem interesseiro, nem iludido, nem preguiçoso, nem folgado, nem esperto a passar na frente dos outros. É Justo!

Me permite colher o que eu planto. Nem mais, nem menos! E também me ensina a respeitar a colheita alheia, para o bem e para o mal, porém sem julgamento ou condenação de ninguém com base nas minhas próprias regras, carregadas de preconceito e projeção!

Para isso existe um Deus. E Ele, sim, é amor 24 horas por dia!

Ainda falta muito no meu horizonte, mas sinto que agora eu realmente já consigo ouvi-Lo com mais clareza. Ele me acalenta a alma cansada e recarrega as esperanças do meu caminhar a cada dia. Alcancei essa proximidade com Deus graças a tudo o que aprendi com meus mestres, e só os posso honrar e agradecer. 

A todos. E com todo o meu verdadeiro Amor!
Fonte: Blog Mariflordasaguas