Fique calmo…acenda um incenso!

Postado por: Elton da Rosa

Contra a depressão e a ansiedade

Líderes religiosos têm afirmado por milênios que queimar incenso é bom para a alma. Agora, biólogos descobriram que é bom para os nossos cérebros também.

Em um novo estudo publicado pela Federação de Biologia Experimental dos Estados Unidos, os cientistas mostraram como e por que as moléculas liberadas pela queima do incenso aliviam a ansiedade e a depressão.

Bem debaixo dos nossos narizes

Os pesquisadores, das universidades Johns Hopkins (Estados Unidos) e Hebraica de Jerusalém (Israel), descreveram como a queima de um incenso conhecido como Olíbano (feito da resina da planta Boswellia) ativa canais de íons ainda pouco conhecidos do nosso cérebro, aliviando a ansiedade e a depressão.

Isto sugere que uma classe inteiramente nova de medicamentos contra a ansiedade e a depressão pode estar bem debaixo dos nossos narizes.

Sabedoria antiga

“A despeito da informação proveniente de textos antigos, os constituintes da Boswellia não têm sido estudados do ponto de vista de sua psicoatividade,” diz Rapahel Mechoulam, um dos participantes da pesquisa.

“Nós descobrimos que um dos constituintes da resina da Boswellia, o acetato incensole, quando aplicado em camundongos, diminui a ansiedade e causa um comportamento parecido com aquele causado pelos antidepressivos. Aparentemente, a maioria dos fiéis de hoje considera a queima do incenso como tendo um significado apenas simbólico,” diz ele.

Sobre OLIBANUM

A resina Olíbano, também conhecida como Olibanum ou ainda goma thus, e a mirra foram as primeiras resinas usadas como incenso. O Olíbano vem sendo importado pelo Egito a mais de 5000 anos. Primeiro foi usado com incenso depois em cosmética e artigos de toucador. Sob forma de Incenso, foi e é usada para fumigar pessoas doentes e afastar entidades ou espíritos que causavam a doença. Os egípcios não usaram olíbano para embalsamento, mas foi usada em muitas das máscaras faciais de rejuvenescimento. Ovídio, o poeta romano, em seu livro de cuidado com a pele, Medicamina Faciei, inclui o Olíbano como “um excelente preparado para fins de toalete”.

O Olíbano foi uma das substâncias mais apreciadas no mundo antigo. Esteve sempre disponível em abundância e quase se tornou sinônimo da palavra incenso, apesar que em muitos lugares no Brasil e França refere-se o incenso como realmente fosse Olíbano. No inglês frankiencense deriva do francês arcaico franc encens, “frank” significando luxuoso. Nos tempos antigos, o Olíbano como tantos outros aromáticos, era tão valioso como gemas ou metais preciosos, daí a oferta de ouro, era tal que teve considerável influência na economia de certos países, sendo causa frequente de disputas políticas.

A resina vem de uma árvore pequena que cresce na Arábia e na Somália. É extraída fazendo-se incisão profunda no tronco, abaixo da qual se retira uma pequena faixa de casca. Na semana seguinte, exausta um líquido leitoso que, em contato com o ar endurece lentamente. A árvore tem folhas abundantes e flores brancas ou rosa-pálidas.

Não se tem escrito muito sobre suas virtudes medicinais desde o século XVIII. Parece que perdeu a popularidade, apesar de seu amplo uso nas civilizações antigas. Diz frequentemente que possui as mesmas propriedades que a mirra. As propriedades de ambos certamente trazem alguma similaridade, mas é estranho que um aromático, especialmente com tal reputação como o Olíbano, tenha sido tão negligenciado. Pode ser inferior a mirra em certos aspectos, como ao tratar de úlceras bucais ou inflamação, e esse tipo de comparação é provavelmente a causa de seu declínio em terapia. Contudo, tem algumas virtudes particulares, e o perfume não é a menor delas. As informações aqui descritas são do princípio do século XIX, em comum com a maioria de essências de resina, o Olíbano tem um efeito marcante sobre membranas mucosas e é um excelente expectorante. Como inalação ou internamente é um bom remédio para todas as condições catarrais, quer da cabeça, pulmão, estômago e intestinos. Tem afinidade com tratos pulmonar e geniturinário é de eficácia nas tosses, bronquites, laringites, deficiência respiratória: e também para leucorreia, gonorreia e espermatorreia e infecções do trato urinário, como cistite e nefrite.

Temsido usado na China em casos de escrofulose (tuberculose das glândulas linfáticas) e lepra. Suas propriedades adstringentes torna-se útil em hemorragias, especialmente uterina e pulmonar. Ele também é bom para digestão e dispepsia acompanhado de arroto ácido. Externamente, pode ser usado em feridas renitentes, úlceras, carbúnculos, etc. da mesma maneira que a mirra. Como remédio é bem mais agradável que as outras resinas.

Junto com benjoim é refrescante, quente e animador sobre a mente e as emoções. Isso lembra o seu uso para espantar maus espíritos e, se pensarmos que todo tipo de pensamento e emoção ruim seja alguma entidade nos prejudicando que manifesta de maneira física como medos, ansiedade, depressões, tem o efeito acima mencionado.

Usado também para cuidados com a pele no século passado, pode ser levemente anti-inflamatório e preserva a compleição juvenil, evitar (ou ate erradicar) rugas e outros efeitos da velhice.

Fonte: http://aveluz.net/wp/?p=250